quarta-feira, fevereiro 01, 2006

MAIARA

No vento que ondula o trigal doirado
Eu vejo você

Na brisa que sopra
Trazendo de longe uma canção
Eu vejo você

Na criança que ri, que brinca e que chora
Eu vejo você

No teatro, no circo
E nos pés da bailarina feliz
Eu vejo você

Nas coisas bonitas
Nas coisas covardes

Na criança morta
Paisagem frequente neste nosso mundo
Ou no tempo novo que se avizinha
Trazendo esperança

Eu vejo você

No dinheiro, no ofício
Nos contos de fada
Eu vejo você

No deserto, montanhas
No cerrado de flores tão lindas
Eu vejo você

Nas pedras, nas águas, nos bichos
Na roda-gigante
Eu vejo você

Em você, vejo três
Mais maninho e mamãe
Neles, vejo você

Na estrela da manhã
Que teima em brilhar
Mesmo quando o céu
Há muito, clareou
Eu vejo você, Maiara
Eu vejo você

1 comentário:

Anónimo disse...

nas poucas fotos que guardo de ti, quase sinto o seu cheiro
da escrita com letras que balançam mas não caem, penso que caio eu de volta aos seus abraços
do livro escrito e datilografado em máquina de luz, apenas tenho vontade de rir para depois poder chorar
de ti tenho muita coisa em mim
da sua beleza tenho os cabelos, a arte, o nariz só fala uma bola certeira
da sua juventude tenho o pulo enorme dado da cama ao tocar do telefone
de ti meu lindo paizinho tenho saudade tenho carinho
te amo