domingo, janeiro 20, 2013

Uma casa caliente


                                Para Andrea

Pelo vermelhão da Rua da Palha
Vê-se que ali calha o calor
Sem nenhum favor
É uma casa caliente
Caliente quente quentchura
De Olinda cultura
Cultivando o bem
Sem olhar a quem
Agregados, parentes
Abastados, indigentes
Da feliz Andrea
Somos todos carentes
Casa caliente
História caliente
Feijoadas e festas
Calientes
Não precisava o Sol do Nordeste
Ou o tom da fachada
Se basta

Mas para tanta
Festa caliente
A um canto calada
Alguém fornece as “geladas”
A sorrir de vez em quando
Pálida, cálida
Generosa menina
Bete Frígida
Que nem precisa de rima

             Olinda, Novembro de 2012