Esta menina
é muito gira.
Gosta do mar...
e de neném,
uau uau, da lua.
Esta menina
é muito gira.
Faz birra e pede
p'ra passear na rua.
Ariane é tão querida!
É querida da
mamãe.
Ariane é tão querida!
É querida do
papai.
sexta-feira, março 10, 2006
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
INVITAÇAO
Vem amiga
ouvir minha cantiga
vem amiga
viver o meu sonhar
(um mundo ninho
pra gente se amar)
Vem ver
o sonho na canção
sentir
versos brandos
ao som do coração
ouvir minha cantiga
vem amiga
viver o meu sonhar
(um mundo ninho
pra gente se amar)
Vem ver
o sonho na canção
sentir
versos brandos
ao som do coração
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
CASSIANO
A Francisco Ruivo
Que moeda é aquela
Que tanto brilha
No bolso do mendigo
E o faz tão rei?
É um poema bem sei!
Que moeda é aquela
Que tanto brilha
No bolso do mendigo
E o faz tão rei?
É um poema bem sei!
HOMEM
Homem?
Homem, para quê?
Homem só serve para
Para ...
Mijar a tampa da sanita
Não fazer nada direito
Nada, nada...
Nada!
O quê que o homem faz bem?
Faz...
Lava bem o automóvel.
Isso. Isso, faz bem feito
E só.
Nem discutir futebol...
Quer sempre analisar
Asnalisar.
Isso.
O homem vive asnalisando.
Até pouco tempo atrás,
Na Idade da Pedra,
O homem sentia um cheiro e zás
Estupro!
Tinha sentido.
Servia para manter a espécie.
A prática continua
Mas, com os avanços da Ciência...
A ciência acabou com o macho
O que, em algumas espécies,
Foi selecção natural
O engenho humano antecipa e extirpa.
Extirpa o estupro
Sem precisar amazonar
Nem esperar milhões de anos.
Fim
E vivemos felizes.
Homem não presta.
Homem, o macho
É uma meleca!
Sabe o que eu acho?
Homem só presta se for poeta.
Homem, para quê?
Homem só serve para
Para ...
Mijar a tampa da sanita
Não fazer nada direito
Nada, nada...
Nada!
O quê que o homem faz bem?
Faz...
Lava bem o automóvel.
Isso. Isso, faz bem feito
E só.
Nem discutir futebol...
Quer sempre analisar
Asnalisar.
Isso.
O homem vive asnalisando.
Até pouco tempo atrás,
Na Idade da Pedra,
O homem sentia um cheiro e zás
Estupro!
Tinha sentido.
Servia para manter a espécie.
A prática continua
Mas, com os avanços da Ciência...
A ciência acabou com o macho
O que, em algumas espécies,
Foi selecção natural
O engenho humano antecipa e extirpa.
Extirpa o estupro
Sem precisar amazonar
Nem esperar milhões de anos.
Fim
E vivemos felizes.
Homem não presta.
Homem, o macho
É uma meleca!
Sabe o que eu acho?
Homem só presta se for poeta.
FEIJAO
Às cozinheiras do "O Casarão"
Jesus Cristo vem ao mundo
Montando um cavalo baio
Vai andar mais de mil léguas
Pra comer feijão com paio
Jesus Cristo vem ao mundo
Montando um cavalo baio
Vai andar mais de mil léguas
Pra comer feijão com paio
MIRA A DISTANCIA
Vou cantando o meu amor
pelo caminho
Vou chorando a minha dor
de estar sozinho
Ontem, a felicidade
Hoje, a estrada é só saudade
E a tristeza de não ter o seu carinho
Eu vou cantando
o meu amor
Eu vou chorando
a minha dor
Vou-me lembrando do rostinho do meu bem
Eu vou cantando
o meu amor
Eu vou chorando
a minha dor
Vou-me lembrando do cheirinho que ele tem
pelo caminho
Vou chorando a minha dor
de estar sozinho
Ontem, a felicidade
Hoje, a estrada é só saudade
E a tristeza de não ter o seu carinho
Eu vou cantando
o meu amor
Eu vou chorando
a minha dor
Vou-me lembrando do rostinho do meu bem
Eu vou cantando
o meu amor
Eu vou chorando
a minha dor
Vou-me lembrando do cheirinho que ele tem
APAIXONAR-ME POR OUTRA?
Apaixonar-me por outra mulher?
Seria coisa bem simples
Bastaria apenas que a outra
Tivesse o mesmo cheirinho
Inebriante, adocicado
Tivesse o mesmo gostinho
De um acre bem temperado
Tivesse o mesmo rostinho
Apaixonar-me por outra?
Isso é coisa muito fácil
Se a outra tivesse igual
Aquele corpo gostoso
O olhar misterioso
Cabelos pretos, em anéis
Também iguais fossem os pés
A mesma pele sedosa
E, da mesma forma, vaidosa
Por outra não me apaixono?
Até parece piada
É só encontrar a que seja
Tal qual a tal em questão
Por fora, imagem de espelho
Por dentro, igual coração
Ah! ia esquecendo o nariz
Tem de ser do mesmo jeito
Graúdo e arrebitado
Que lhe dá aqueles ares
De comigo-tome-cuidado
Eu me apaixono por outra
Fácil-fácil, mole-mole
É só ter a mesma alma
Mesmo jeito brigador
E, feito esta, tem que ser
Um ás no jogo do amor
Por outra eu me apaixono
Pois, pra Deus, nada é impossível
É só eu pedir pra Ele
Que, não me levando a mal
Pegue a forma que fez uma
E, com jeito, faça outra igual
Seria coisa bem simples
Bastaria apenas que a outra
Tivesse o mesmo cheirinho
Inebriante, adocicado
Tivesse o mesmo gostinho
De um acre bem temperado
Tivesse o mesmo rostinho
Apaixonar-me por outra?
Isso é coisa muito fácil
Se a outra tivesse igual
Aquele corpo gostoso
O olhar misterioso
Cabelos pretos, em anéis
Também iguais fossem os pés
A mesma pele sedosa
E, da mesma forma, vaidosa
Por outra não me apaixono?
Até parece piada
É só encontrar a que seja
Tal qual a tal em questão
Por fora, imagem de espelho
Por dentro, igual coração
Ah! ia esquecendo o nariz
Tem de ser do mesmo jeito
Graúdo e arrebitado
Que lhe dá aqueles ares
De comigo-tome-cuidado
Eu me apaixono por outra
Fácil-fácil, mole-mole
É só ter a mesma alma
Mesmo jeito brigador
E, feito esta, tem que ser
Um ás no jogo do amor
Por outra eu me apaixono
Pois, pra Deus, nada é impossível
É só eu pedir pra Ele
Que, não me levando a mal
Pegue a forma que fez uma
E, com jeito, faça outra igual
A
A César Garcia
Rebelde sempre
De tantas lutas
Até que no mundo
Se acabem as dores
Derrotas
Tantas falhas
E muito gostaria
De receber flores
Rebelde sempre
De tantas lutas
Até que no mundo
Se acabem as dores
Derrotas
Tantas falhas
E muito gostaria
De receber flores
SHALOM
Sempre quis ter bicicleta
Virar ligeiro este chão
E o velho pai mal podia
Dar roupa, estudo e pão
(Fazendo muito serão)
Mas nunca me esqueci
Da alegria que sentiria
Se, um dia, pudesse eu
E todas outras crianças
Tornar o mundo menor
Pelas longas pedaladas
De alegria e fantasia
Virar ligeiro este chão
E o velho pai mal podia
Dar roupa, estudo e pão
(Fazendo muito serão)
Mas nunca me esqueci
Da alegria que sentiria
Se, um dia, pudesse eu
E todas outras crianças
Tornar o mundo menor
Pelas longas pedaladas
De alegria e fantasia
JOAO
Se digo bi
É que quero subir
Ou muito ou pouquinho só
Acima de onde estou
Já, se digo bibi
É um carro
Grande, quero ver passar
Pequeno, quero empurrar
Bite é um botão na parede
Pra apagar ou acender
Eu quero mesmo é mexer
Não confundam com bibite
Depois de tanto bulir
A chupeta, vou dormir
É que quero subir
Ou muito ou pouquinho só
Acima de onde estou
Já, se digo bibi
É um carro
Grande, quero ver passar
Pequeno, quero empurrar
Bite é um botão na parede
Pra apagar ou acender
Eu quero mesmo é mexer
Não confundam com bibite
Depois de tanto bulir
A chupeta, vou dormir
MAIARA
No vento que ondula o trigal doirado
Eu vejo você
Na brisa que sopra
Trazendo de longe uma canção
Eu vejo você
Na criança que ri, que brinca e que chora
Eu vejo você
No teatro, no circo
E nos pés da bailarina feliz
Eu vejo você
Nas coisas bonitas
Nas coisas covardes
Na criança morta
Paisagem frequente neste nosso mundo
Ou no tempo novo que se avizinha
Trazendo esperança
Eu vejo você
No dinheiro, no ofício
Nos contos de fada
Eu vejo você
No deserto, montanhas
No cerrado de flores tão lindas
Eu vejo você
Nas pedras, nas águas, nos bichos
Na roda-gigante
Eu vejo você
Em você, vejo três
Mais maninho e mamãe
Neles, vejo você
Na estrela da manhã
Que teima em brilhar
Mesmo quando o céu
Há muito, clareou
Eu vejo você, Maiara
Eu vejo você
Eu vejo você
Na brisa que sopra
Trazendo de longe uma canção
Eu vejo você
Na criança que ri, que brinca e que chora
Eu vejo você
No teatro, no circo
E nos pés da bailarina feliz
Eu vejo você
Nas coisas bonitas
Nas coisas covardes
Na criança morta
Paisagem frequente neste nosso mundo
Ou no tempo novo que se avizinha
Trazendo esperança
Eu vejo você
No dinheiro, no ofício
Nos contos de fada
Eu vejo você
No deserto, montanhas
No cerrado de flores tão lindas
Eu vejo você
Nas pedras, nas águas, nos bichos
Na roda-gigante
Eu vejo você
Em você, vejo três
Mais maninho e mamãe
Neles, vejo você
Na estrela da manhã
Que teima em brilhar
Mesmo quando o céu
Há muito, clareou
Eu vejo você, Maiara
Eu vejo você
FAMILIA
O vovô
Comeu e não gostou
A vovó
Reclama que ela só
O titio
Torceu o pavio
A titia
Só deseja um bom dia
Os priminhos
Só querem um carinho
A vizinha
Cria galinha
O vizinho
Tem um cachorrinho
Êta,família
A mamãe manda
E o papai
Ai ai ai ai ai ai
Comeu e não gostou
A vovó
Reclama que ela só
O titio
Torceu o pavio
A titia
Só deseja um bom dia
Os priminhos
Só querem um carinho
A vizinha
Cria galinha
O vizinho
Tem um cachorrinho
Êta,família
A mamãe manda
E o papai
Ai ai ai ai ai ai
TESTAMENTO
Se eu morrer
Que o resto seja aproveitado
Quanto à alma, de nada sei
Mas, do corpo
O que estiver em bom estado
Ou quase, fica doado
Córneas boas
Sempre lubrificadas pela emoção
De tantas coisas belas
E muitas feias, que viram
Coração que aguentou
Tanto susto e paixão
Aguenta outro tanto
Fígado que fez por merecer
A Ode de Neruda
Rim que parece feito na Suíça
Pulmão
Bem, este serve, pelo menos
Para ilustrar os malefícios do tabagismo
Tudo o mais, dou-o
Para o progresso da Ciência
As vísceras que sobrarem
Deitem-nas à terra
Num pomar ou baldio
E vejam que belos frutos
Que o resto seja aproveitado
Quanto à alma, de nada sei
Mas, do corpo
O que estiver em bom estado
Ou quase, fica doado
Córneas boas
Sempre lubrificadas pela emoção
De tantas coisas belas
E muitas feias, que viram
Coração que aguentou
Tanto susto e paixão
Aguenta outro tanto
Fígado que fez por merecer
A Ode de Neruda
Rim que parece feito na Suíça
Pulmão
Bem, este serve, pelo menos
Para ilustrar os malefícios do tabagismo
Tudo o mais, dou-o
Para o progresso da Ciência
As vísceras que sobrarem
Deitem-nas à terra
Num pomar ou baldio
E vejam que belos frutos
AMOR ALFACINHA
Amo Lisboa
Não só por seus monumentos
Por sua história
Por suas ruas bucólicas
Amo Lisboa
Não só pelos passeios no Rossio
Caminhadas na Liberdade
Por ler Pessoa no Chiado
coisa que nunca fiz
Ou fazer nada na Feira da Ladra
O que faço regularmente
Não só pela Mouraria
Ou morar em cidade grande
Com ares de interiorana
Tão Europa
Tão africana
Amo Lisboa
Porque nela descobri
O quanto te amo
Não só por seus monumentos
Por sua história
Por suas ruas bucólicas
Amo Lisboa
Não só pelos passeios no Rossio
Caminhadas na Liberdade
Por ler Pessoa no Chiado
coisa que nunca fiz
Ou fazer nada na Feira da Ladra
O que faço regularmente
Não só pela Mouraria
Ou morar em cidade grande
Com ares de interiorana
Tão Europa
Tão africana
Amo Lisboa
Porque nela descobri
O quanto te amo
IMAGENS
Que é do Zé?
Foi na Tasca do Marquês,
bebeu vinho bom,
comeu do melhor
e ouviu um fado do Maurício.
Que é do Zé?
Desceu o Largo da Severa
com "A Bola" debaixo do braço.
Disse que foi comprar cigarros.
- O Zé? Vi-o na Ginjinha.
- Estava dando milho aos pombos na Figueira.
- Olhava as montras na Augusta.
Que é do Zé?
Que é do Zé?
- Foi em direcção ao Tejo.
A mulher do Zé voltou para a casa.
Foi na Tasca do Marquês,
bebeu vinho bom,
comeu do melhor
e ouviu um fado do Maurício.
Que é do Zé?
Desceu o Largo da Severa
com "A Bola" debaixo do braço.
Disse que foi comprar cigarros.
- O Zé? Vi-o na Ginjinha.
- Estava dando milho aos pombos na Figueira.
- Olhava as montras na Augusta.
Que é do Zé?
Que é do Zé?
- Foi em direcção ao Tejo.
A mulher do Zé voltou para a casa.
UM POEMA PARA AS MAOS
Falanges, falanginhas, falangetas
Falangetas, falanges, falanginhas
Ai!... Quebrei o dedo
Falangetas, falanges, falanginhas
Ai!... Quebrei o dedo
POR TRAS DA NOTICIA
Um menino
foi encontrado no monturo.
De pequena estatura,
pouca idade,
pouco peso
e... dor nenhuma.
Com ele, pouca coisa:
Nos pés de brinquedo,
as chinelas de dedo;
do cós à canela,
uma rota flanela
e, na miúda mão,
uma migalha de pão.
Tudo foi pouco ou pequeno:
A notícia,
a autópsia,
a falta cometida.
De grande mesmo,
só o buraco nas costas
provocado por grosso calibre.
foi encontrado no monturo.
De pequena estatura,
pouca idade,
pouco peso
e... dor nenhuma.
Com ele, pouca coisa:
Nos pés de brinquedo,
as chinelas de dedo;
do cós à canela,
uma rota flanela
e, na miúda mão,
uma migalha de pão.
Tudo foi pouco ou pequeno:
A notícia,
a autópsia,
a falta cometida.
De grande mesmo,
só o buraco nas costas
provocado por grosso calibre.
CANDELARIAS
A rua é das crianças
Mas nas ruas tem muito automóvel
A rua é das crianças
Mas nas ruas tem caco-de-vidro
A rua é das crianças
Mas nas ruas tem gente que corre
que compra e que vende
Nas ruas tem armas
A rua é das crianças
Ai! Mas tem tanta criança nas ruas
Mas nas ruas tem muito automóvel
A rua é das crianças
Mas nas ruas tem caco-de-vidro
A rua é das crianças
Mas nas ruas tem gente que corre
que compra e que vende
Nas ruas tem armas
A rua é das crianças
Ai! Mas tem tanta criança nas ruas
EM BUSCA DO MODERNO
Não quero escrever um poema com minh'alma
Quero escrever um poema com alma minha
Maminha?!
Já não quero escrever mais porra nenhuma
Quero escrever um poema com alma minha
Maminha?!
Já não quero escrever mais porra nenhuma
Seria um pedido...
Antes, o fel
Depois, Isabel
E a vida mel
lhorou
no llora más
Sem mais nem menos
brinquemos
Compro o anel
assino o papel
e jingle the bell
Oh, ciel!
...se eu não fosse
tão comprometido.
Depois, Isabel
E a vida mel
lhorou
no llora más
Sem mais nem menos
brinquemos
Compro o anel
assino o papel
e jingle the bell
Oh, ciel!
...se eu não fosse
tão comprometido.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
POEMAS INDECENTES
CU
Sexo
Não dá
Pra fazer
Tanta confusão
Um não tem, outro só tem dois
POEMINHA INDECENTE DE UM INDIGENTE
Papai e mamãe gozaram
Quem se fodeu, fui eu
Sexo
Não dá
Pra fazer
Tanta confusão
Um não tem, outro só tem dois
Papai e mamãe gozaram
Quem se fodeu, fui eu
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