sábado, novembro 12, 2016

Siammo tutti clandestini

Quando o Berlusconi ganhou a eleição, o Francesco Litti, então a fazer o Projeto Erasmus e freqüentador assíduo do Tejo bar, flipou de vez. Os pais foram a Lisboa e o levaram à revelia dos amigos que por ele zelavam. Os pais são os pais. Tentei  encontrá-lo em sua casa, em Florença para hipotecar a solidariedade dos companheiros de Alfama. Não o encontrei. Deixei à porta um bilhete e fui dormir na estação junto com alguns sem teto e imigrantes. De volta, ao passar pela Provença para recuperar as energias em casa da Monique Julien, uma espécie de santinha salvadora dos aflitos, fiz uma canção para o amigo que, ao que soube depois, já melhorava da piração. Dei à canção o nome de De Degun (em provençal: De ninguém).
Hoje, depois de levar com Crivela, continuar levando com o Temer e não podendo rir dos americanos que vão levar dom o Trump, resgato a canção que acabou por ficar conhecida por “Siammo tutti clandestini”.