A ajuda que a magnânima
admiradora de nossas brincadeiras artísticas nos ofereceu para a publicação do
livro Carmeliana foi tão generosa que deu ainda para publicar o livro O Amor
Inexato, do amigo Vital Filho e sobrou para o material da exposição Café
Revistinha, cuja renda foi para publicar o livro Nem Sábio Nem Sabiá, do poeta
Marcos Flávio. E só agora raspamos o fundo do tacho para a inscrição no Prêmio
Jabuti. Bem haja a nossa anônima patrocinadora.
Esse é um caso raro de
alguém que pede anonimato ao praticar um ato filantrópico e ainda assim podemos
citar o seu nome. Isto porque ninguém conhece a senhora Presépia pelo nome de batismo,
dado pelo pai, do qual ela se libertou assim que terminou a escola. Ela é conhecida
por um carinhoso diminutivo e socialmente não tem nada que a ligue ao seu nome
verdadeiro. A zanga com o pai custou muito a se dissipar. Ela conta que o pai
gostava de batizar os filhos com nomes alusivos à data do nascimento. Assim foi
com o irmão mais velho, Antonino, que nasceu no dia de Santo Antônio; com as
irmãs Isabelina e Pasqualina. Ela nasceu no Natal. Seria Natalina se não fosse
a implicância que o pai tinha com uma parenta com esse nome. Poderia ter
escolhido Natália ou Noélia, mas não, como ela própria diz: “Deu-me uma cruz da
Paixão”. E aconselha: “Há que se refletir bem ao dar nomes aos filhos.”
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