quinta-feira, abril 09, 2020

Dona Presépia, nosso Mecenas



A ajuda que a magnânima admiradora de nossas brincadeiras artísticas nos ofereceu para a publicação do livro Carmeliana foi tão generosa que deu ainda para publicar o livro O Amor Inexato, do amigo Vital Filho e sobrou para o material da exposição Café Revistinha, cuja renda foi para publicar o livro Nem Sábio Nem Sabiá, do poeta Marcos Flávio. E só agora raspamos o fundo do tacho para a inscrição no Prêmio Jabuti. Bem haja a nossa anônima patrocinadora.
Esse é um caso raro de alguém que pede anonimato ao praticar um ato filantrópico e ainda assim podemos citar o seu nome. Isto porque ninguém conhece a senhora Presépia pelo nome de batismo, dado pelo pai, do qual ela se libertou assim que terminou a escola. Ela é conhecida por um carinhoso diminutivo e socialmente não tem nada que a ligue ao seu nome verdadeiro. A zanga com o pai custou muito a se dissipar. Ela conta que o pai gostava de batizar os filhos com nomes alusivos à data do nascimento. Assim foi com o irmão mais velho, Antonino, que nasceu no dia de Santo Antônio; com as irmãs Isabelina e Pasqualina. Ela nasceu no Natal. Seria Natalina se não fosse a implicância que o pai tinha com uma parenta com esse nome. Poderia ter escolhido Natália ou Noélia, mas não, como ela própria diz: “Deu-me uma cruz da Paixão”. E aconselha: “Há que se refletir bem ao dar nomes aos filhos.”



Sem comentários: