domingo, setembro 29, 2024

Obrigado, Saramago

 

Poderia estar agradecendo a Érico Veríssimo, Miguel Torga, Augustina Bessa Luís, Craveirinha, Mia Couto, Jorge Amado, Vergílio Ferreira... a tantos outros mas, calhou a Saramago.

Desde pequeno que, na escola, nas rodas de amigos ou mesmo por desconhecidos, sou gozado ou “corrigido” por dizer Nobel bem aportuguesadamente como manda a regra mneumónica do Rouxinol, que diz que para ser paroxítona terminada numa dessas letras, tem que levar acento. Porém, a maioria diz Nóbel, justificando essa mania que parece que só os brasileiros e os portugueses têm de querer dizer os nomes próprios como são falados no original, mesmo os nomes cujos fonemas não tem registo na língua portuguesa e nos obriga a muita careta e arranhar da garganta. E nem adianta alegar que o Mário Quintana garantiu que em sueco, Nobel é Nobel mesmo. Como as notícias chegam-nos através de agências de língua inglesa que não tem a mesma preocupação, reproduz-se segundo esta.

Até que... finalmente chegou a vez da lusofonia. Também tenho um! O prémio é meu, falo do jeito que quiser:

Nobel, Nobele, Nobé, Nóbi, Nober...


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