Poderia
estar agradecendo a Érico Veríssimo, Miguel Torga, Augustina Bessa Luís,
Craveirinha, Mia Couto, Jorge Amado, Vergílio Ferreira... a tantos outros mas,
calhou a Saramago.
Desde
pequeno que, na escola, nas rodas de amigos ou mesmo por desconhecidos, sou
gozado ou “corrigido” por dizer Nobel bem aportuguesadamente como manda a regra
mneumónica do Rouxinol, que diz que para ser paroxítona terminada numa dessas
letras, tem que levar acento. Porém, a maioria diz Nóbel, justificando essa
mania que parece que só os brasileiros e os portugueses têm de querer dizer os
nomes próprios como são falados no original, mesmo os nomes cujos fonemas não
tem registo na língua portuguesa e nos obriga a muita careta e arranhar da
garganta. E nem adianta alegar que o Mário Quintana garantiu que em sueco,
Nobel é Nobel mesmo. Como as notícias chegam-nos através de agências de língua
inglesa que não tem a mesma preocupação, reproduz-se segundo esta.
Até
que... finalmente chegou a vez da lusofonia. Também tenho um! O prémio é meu,
falo do jeito que quiser:
Nobel,
Nobele, Nobé, Nóbi, Nober...
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